Uma decisão recente da Prefeitura de Manaus, por meio do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) promete impactar positivamente o cenário do transporte coletivo em Manaus. O órgão abriu as portas para que pessoas físicas obtenham permissão para operar o serviço de transporte complementar, modalidade que utiliza vans e micro-ônibus. A medida é vista como um importante passo para fortalecer o cooperativismo no setor e beneficiar diretamente os usuários. Segundo Petrucio Magalhães Junior, presidente da OCB-AM, a iniciativa representa uma vitória significativa para o transporte cooperativo. A possibilidade dos trabalhadores se organizarem em cooperativas traz consigo a perspectiva de um serviço mais profissionalizado, humanizado, com melhores condições de trabalho para os operadores e, consequentemente, um serviço de transporte de melhor qualidade para a população. Mais Opções e Potencial de Melhoria A entrada de novos operadores no sistema complementar pode resultar em um aumento da oferta de veículos e, potencialmente, na expansão das rotas atendidas. Para os usuários, isso significa mais opções de deslocamento e a possibilidade de o transporte público alcançar áreas que antes eram menos assistidas. A organização desse trabalhadores em cooperativas também é apontada como um fator crucial para a melhoria do serviço público. Ao trabalharem de forma conjunta, os operadores podem adotar padrões de qualidade mais elevados, investindo em manutenção veicular, reduzindo custos e oferecendo um transporte mais seguro e regular. Além disso, a união pode gerar economias de escala, o que, a longo prazo, pode influenciar positivamente nas tarifas. Cooperativismo como Motor de Desenvolvimento O modelo cooperativista se destaca por sua capacidade de promover a autonomia e a participação dos trabalhadores na gestão do próprio negócio. No contexto do transporte complementar, essa união de forças pode impulsionar a profissionalização do setor, fortalecer a representatividade da categoria e contribuir para um sistema de mobilidade urbana mais eficiente e inclusivo em Manaus. A expectativa é que a decisão do IMMU incentive a formação de novas cooperativas e consolide o papel do transporte complementar como um importante elo na rede de mobilidade da capital amazonense, trazendo benefícios tangíveis tanto para os trabalhadores quanto para os milhares de cidadãos que dependem desse serviço diariamente. De acordo com Walderizia Carvalho, representante da FECOOTRAM, a decisão do IMMU vai promover melhorias no transporte público, impactando positivamente a qualidade de vida dos cooperados e fortalecendo a atuação das cooperativas no ramo do transporte. Ela destacou a importância da segurança jurídica nas licitações e a garantia de um serviço de qualidade para os usuários, com a entrada de micro-ônibus novos, climatizados e conduzidos por motoristas experientes e capacitados. José, conhecido como “Bala”, presidente da COOPATAM, comemorou a decisão já publicada no Diário Oficial do Município de Manaus. Segundo ele, a conclusão da licitação representa um ato de justiça, realizado com total transparência. "Nossos cooperados estavam ansiosos por essa definição, que agora se concretiza", afirmou. Luciano, presidente da MANAOS, classificou a decisão como uma grande vitória para os cooperados. Para ele, a medida trará mais conforto e qualidade aos usuários e gerará empregos em várias áreas da economia, beneficiando desde mecânicos até borracheiros. "Serão veículos novos, com um motorista auxiliar conforme previsto no edital já homologado. Serão centenas de veículos circulando por Manaus, fortalecendo o cooperativismo no transporte", ressaltou.